Embora o uso do código de barras bidimensional, ou código 2D, já fosse comum no Brasil, foi a partir da pandemia de covid-19 que a tecnologia passou a fazer mais parte do nosso dia a dia. Ferramenta ganha novas funcionalidades e facilita as relações de consumo no País.
Não é necessário que o cardápio físico esteja à mesa para que o cliente escolha o prato em um restaurante, por exemplo. Tampouco que a conta do estabelecimento seja apresentada em papel. Se o consumidor deseja consultar informações, como lote, validade e tabela nutricional sobre determinado produto que está à venda, não é preciso abrir o site da empresa ou ler uma infinidade de letras miúdas.
Para essas e muitas outras funcionalidades, basta mirar a câmera do celular para o QR Code, código de barras repleto de quadrinhos que vem ganhando novas funcionalidades, facilitando diferentes tarefas do dia a dia, do pagamento de contas até a leitura de conteúdo extra no jornal, por exemplo.
Diferentemente do código de barras comum, composto por aquelas listas ladeadas, o QR Code apresenta somente a direção horizontal e possui apenas uma forma de leitura, que é pela câmera do celular ou por aplicativos baixados direto no smartphone.
No início, achei diferente, pois não estava habituada, mas hoje vejo como uma facilidade muito grande. No restaurante, é possível escolher o prato com tranquilidade, sem a necessidade de chamar o garçom. É uma facilidade muito grande também com relação ao pagamento da conta. Tenho andado muito pouco com o cartão de crédito na bolsa, pois o QR Code permite resolver tudo de forma mais rápida e prática”, diz a dentista Raquel Fiterman, moradora de Fortaleza.
Embora o uso do código de barras bidimensional, ou código 2D, já fosse comum no Brasil, foi a partir da pandemia de covid-19 que a tecnologia passou a fazer mais parte do dia a dia dos brasileiros. Isso ocorreu tanto em razão da necessidade de distanciamento social, para evitar contatos físicos, como para espalhar a solidariedade no País. Quem não lembra da febre das lives no início da crise sanitária, em que era possível doar dinheiro por meio dos QR Codes que apareciam na televisão?
Pagamentos
Em tempos de Pix e facilidades no sistema nacional de pagamentos, a tecnologia também ganha mais força. Nos últimos 12 meses, saltou de 53% para 67% a proporção de brasileiros com smartphone que já experimentaram pagar com QR Code.
Além disso, essa é a forma mais popular entre jovens de 16 a 29 anos (74%) do que entre aqueles de 30 a 49 anos (70%) ou com 50 anos ou mais (52%). Também é mais comum nas classes A e B (72%) que nas C, D e E (66%). Os dados fazem parte da última pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre pagamentos móveis e comércio móvel no Brasil.
Executivo de desenvolvimento setorial da Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), Nilson Gasconi afirma que o uso do código é tendência global e está alinhado às novas necessidades do consumidor, que busca cada vez mais comodidade e acesso às informações de forma rápida, seja de determinado produto ou serviço.
Benefícios
“O uso do código 2D propicia essa velocidade para o cliente, que não ganha sozinho, mas ganha com todo o setor produtivo. Desde o fabricante do produto, que começa a gerenciar melhor o seu estoque, até o varejo que começa a fazer melhor a gestão do negócio, controlando, por exemplo, a data de validade da mercadoria”, observa.
Gasconi lembra que, hoje, o consumidor está mais preocupado com a qualidade de produtos e serviços que adquire. Por isso, por meio do QR Code, é possível saber mais informações sobre as mercadorias. No caso muito alimentos, muitas empresas utilizam o código para detalhar o caminho percorrido, da fazenda até o supermercado, garantindo a qualidade desde a origem por meio da rastreabilidade.
“Geralmente, quem compra quer saber a procedência do produto, e isso é uma maneira de dar transparência às relações de consumo. O QR Code veio para ficar, facilitando e dando mais segurança aos processos, da indústria ao varejo, de forma organizada e padronizada”, reforça o executivo.
Mercado é beneficiado pelos diferentes usos da ferramenta
Não parece, mas o QR Code possui 28 anos. Ele foi criado em 1994 pela companhia japonesa Denso Wave, do grupo Toyota, que também possui os direitos de patente, mas decidiu não usá-los. Assim, o uso de QR Code é livre de qualquer licença e considerado um padrão ISO. Foi criado com o objetivo de identificar e catalogar peças na produção de veículos. Atualmente, existem mais de 40 tipos de códigos QR, que apresentam variações em relação ao seu tamanho e quantidade de pixels.
Para o empresário Ignácio Capelo, CEO da Ciccio Forno e Pizza, a ferramenta tem trazido muitas facilidades para o estabelecimento, localizado em Fortaleza. “Tanto para nós quanto para os clientes, principalmente depois da pandemia. Além do óbvio, que é evitar pegar no cardápio que outras pessoas pegaram, há a questão da praticidade. O cliente, ao sentar, já lê o QR Code que está em cima da mesa e, quando o garçom se aproxima, ele já sabe o que pedir. Melhora e agiliza o nosso atendimento”, destaca.
O empresário observa ainda que, além de oferecer praticidade, a ferramenta é sustentável. “Temos agilidade e facilidade em alterar o cardápio, por exemplo. Não precisamos mudar todo o lote e reimprimir novamente, descartando cardápios antigos. Com ele, é possível deixar o cardápio sempre atualizado. É menos custo e é ecologicamente correto. Além disso, facilita quando queremos divulgar promoções, que são veiculadas direto no link ligado ao QR Code. O cliente tem acesso imediato às ofertas”, acrescenta.
Negócios
A consultora de marketing e professora universitária Gal Kury lembra que o empresário não tem como fugir hoje da tecnologia, a não ser que queira ficar para trás.
“É preciso utilizar as diferentes ferramentas tecnológicas a favor do negócio, utilizar as plataformas adequadas, porque são meios que vão sendo incorporados às relações de consumo. Os clientes aceitam isso porque querem objetividade. Mas é preciso lembrar que os negócios são feitos para as pessoas. Não se pode ter tudo baseado em automação, pois os consumidores também buscam interagir”, ressalta.
Para ela, ferramentas como o QR Code agregam valor às relações de consumo. O código de barras bidimensional, por exemplo, que há cerca de dez anos era visto como uma tecnologia complexa, hoje ajuda a deixa a vida muito mais prática.
“Muitas empresas usam o QR Code para impulsionar seus negócios. Atualmente, no mercado imobiliário, é possível visitar um apartamento de forma virtual apenas apontando a câmera do celular para o código. É algo que chamamos de transmídia, quando entramos numa plataforma e ela te dá acesso à outra. Para quem está no mercado, é interessante, pois permite um mix de informações”, explica.
Expansão
De acordo com levantamento da consultoria britânica Juniper Research, a quantidade de pessoas que pagam as contas e compras regularmente usando QR Code deve crescer dos atuais 1,5 bilhão para mais de 2,2 bilhões até 2025. O avanço, segundo o estudo, terá à frente a contribuição de países emergentes, como o Brasil.
Com o mercado investindo em novas possibilidades de uso do código de barras bidimensional, o cenário é de oportunidade para as empresas que querem explorar tecnologias para aprimorar a jornada de compra dos seus clientes.
O economista e membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Wandemberg Almeida, afirma que a ferramenta, em muitos caso, funciona até como uma ponte para o consumidor conhecer melhor a empresa, tendo uma relação mais próxima com a marca.
“Esses diferentes usos do QR Code, por exemplo, geram nos clientes uma maior vontade de interagir de saber mais sobre os produtos e serviços oferecidos, e isso é muito benéfico para a economia. Tudo aquilo que vem para gerar mais facilidade e praticidade é bem-vindo, principalmente, na sociedade contemporânea. Acredito que mais inovação está por vir a partir da ferramenta”, diz o economista.
Estrutura de um QR Code
A estrutura de um código QR é composta por alguns elementos funcionais, como:
Informações sobre a versão do produto
Informações sobre o formato do produto
Chaves de correção de dados e erros
Padrões exigidos (posição, temporização, alinhamento)
Cada um dos módulos de um código QR possui uma função específica.
Evolução
Os códigos QR são considerados uma evolução do código de barras. Devido ao fato de ordenarem as informações em duas dimensões, eles podem armazenar até 100 vezes mais caracteres do que os códigos de barras 1D.
Os três quadrados maiores localizados nos cantos do código são responsáveis para informar onde estão todos os dados do produto, além de funcionarem para que ele possa ser lido em qualquer posição.
Já o quadrado maior localizado mais ao centro do código é responsável pelo alinhamento que possibilita a leitura correta da imagem. Dessa forma, ele mostra como ela deve ser processada.
Os QR Codes precisam apresentar margens brancas em seus quatro lados, que delimitam a área do código QR. Existem partes no QR Code que identificam qual o seu formato e qual é a composição dos dados presentes nele. Por exemplo, é possível identificar se há números, letras ou combinação de caracteres.
Confira alguns dos usos do QR Code no varejo
Acesso a informações, promoções ou produtos diferenciados
Uma das propostas do QR Code é trazer informações adicionais sobre determinados produtos para os clientes, aumentando o engajamento e melhorando a experiência de compra. É possível, por exemplo, , levar ao consumidor detalhes sobre a mercadoria que não caberiam em uma etiqueta padrão, oferecer conteúdos em audiovisual ou até gerar uma integração com venda online, de forma que ele consiga ver produtos semelhantes que estejam disponíveis no site da loja. Outra aplicação do código é para que o cliente valide ofertas ou gere cupons promocionais.
Cardápio digital
O QR Code se tornou comum em bares e restaurantes por estabelecer uma alternativa aos cardápios impressos, que acabaram perdendo espaço diante das medidas sanitárias contra a pandemia. O cardápio digital ainda é capaz de integrar em apenas um sistema os pedidos realizados pelos consumidores, independentemente de onde eles estejam, o que facilita a gestão do empreendedor.
Em casa, o cliente pode acessar o mesmo menu no celular sem nem mesmo precisar fazer download de um aplicativo, através de um QR Code na embalagem ou um link compartilhado pelo estabelecimento em seu site ou redes sociais, por exemplo.
Honest Market
Iniciativa comum em alguns países, o honest market começou a ganhar força nacionalmente por conta da pandemia, considerando que também tem entre suas premissas a agilidade, praticidade e ausência de contato físico. A ideia é de uma loja inteligente que funciona de forma autônoma, sem a necessidade de funcionários: as embalagens dos produtos são adesivadas com QR Codes e os clientes realizam um autoatendimento, escolhendo sua mercadoria e escaneando o código para fazer o pagamento. No Brasil, o segmento tem funcionado sobretudo no formato de mini mercados e lojas de conveniência instaladas dentro de centros empresariais ou condomínios residenciais.
Loja de parede
Pesquisa de 2021 da Panorama Mobile Time/Opinion Box demonstra o potencial das vendas multicanal: 60% dos brasileiros consomem de forma híbrida, ou seja, realizam uma parte do processo de compra na internet e a outra, presencialmente. Dentro desta tendência, uma nova ideia é a “loja de parede”, que teve um projeto piloto executado pelo segmento de cosméticos recentemente. A iniciativa consiste em uma espécie de vitrine, que apresenta foto e descrição dos produtos. (Com Decision Report).
Com informações do O Otimista.
#ARTIGO_SEMANAL_EM_25_07_2022
PEGUE O QUE A PREFEITURA ESTAR DISPONIBILIZANDO SÓ AGORA, MESES ANTES DE OUTUBRO, E NÃO ESQUEÇA DO QUE NÃO É FEITO NOS OUTROS ANOS DE UM MANDATO, PARA MAIS UMA VEZ NÃO PERDER A OPORTUNIDADE DE DAR UM BASTA, NA HORA H, DAQUI A CERCA DE 100 DIAS
Um absurdo, um grupo que mesmo há mais de uma década e meia no poder, de uma Prefeitura, tenha avançado muito pouco no atendimento às necessidades e desejos da população. Pior! Continua ainda "Com a Cara de Pau" de tentar tirar muito proveito da carência da população e a cada dois anos, meses antes de outubro, é que vai cumprir várias obrigações primordiais. Com isso, buscando iludir os beneficiados e os menos informados que se enganam ao acharem que a atual gestão municipal faz muitas coisas. A POPULAÇÃO CAI PORQUE QUER NA LÁBIA DE UM GRUPO? PODE SER, MAS TEM QUE SER SEMPRE CONDENADA A ATITUDE DE UM GRUPO ANTIÉTICO AO SE APROVEITAR DO POVO COM POUCA CONSCIÊNCIA E QUE DEIXA SER ENGANADO. Cabe-nos, mais conscientes, batalhar para evitar que as pessoas continuem ainda sendo muito enganadas por um grupo que está há muito tempo na gestão pública. Sobretudo por ter tido tempo de sobra para se desenvolver, e ter realizado uma gestão que fosse referência, mas não, parece que a falta de caráter se expressa mais, esse querendo se aproveitar muito da população até o último minuto do ciclo de um grupo numa Prefeitura. Em Maracanaú, que em 2020, já era mais de 50 mil pessoas do total que foram às urnas e disseram não ao grupo da atual gestão municipal, percebemos que já aumentou muito mais. Isso, levando em conta o grande número de pessoas que, indignadas, expressam nos quatro cantos da cidade que se arrependeram por dar mais uma chance ao chefe de um grupo, voltar ao poder executivo. Uma parte considerável desta fatia da população que está muito aborrecida e não esconde isso, nas redes sociais, também denunciando na imprensa já está exercendo muito bem a Cidadania Ativa. Que vai se aproximando mais ainda da alternância no poder municipal. Isso porque, só um novo grupo vem com um Novo Olhar para realmente atender muito mais o que a população mais necessita e deseja. Também sem os vícios que o grupo anterior tinha, por isso a cidade de Maracanaú, estagnou-se, fazendo dezenas e dezenas de milhares de habitantes não terem tido um período de vida digno de uma das cidades que mais arrecadam em um Estado que é referência nacional e internacional. MOVIMENTO ELEITOR PARTICIPATIVO (EL-PARTICIPO) traz Um Novo Olhar para Maracanaú, EMPODERANDO quem contratou, no pleito eleitoral, funcionários políticos.
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