OLHA SÓ! Exemplos de novas tecnologias desenvolvidas no Ceará; Quadro de força inteligente, aproveitamento de cinzas e diagnóstico rápido de dengue estão entre as pesquisas cearenses

PESQUISA 15/02/2016

Exemplos de novas tecnologias desenvolvidas no Ceará                        Quadro de força inteligente, aproveitamento de cinzas e diagnóstico rápido de dengue estão entre as pesquisas cearenses

O professor André Araújo, do IFCE, coordenou pesquisa que resultou no Smartquadro


Em tempos de crise econômica, uma das principais preocupações dos brasileiros tem sido enxugar custos. E descobrir novas formas de economizar na conta de luz é um dos projetos que está sendo desenvolvido no Laboratório de Inovação Tecnológica do IFCE, que contou com investimento privado, e agora está sendo produzido pela Hexa Tecnologia, startup surgida a partir deste trabalho. O grupo criou o Smartquadro, quadro de força inteligente, que gerencia o consumo de energia, prometendo reduzi-lo em até 25% nas residências.

O produto tem as mesmas características físicas de um quadro de disjuntores comum, mas consegue gerenciar o consumo e agendar ações de desligamento por circuito. “Posso ver quanto, por exemplo, o ar-condicionado está consumindo, programar para desligar o circuito específico dele no horário em que não estiver em casa e religá-lo pelo meu celular quando estiver chegando. Ou então, programar para que, em um órgão público, os circuitos funcionem apenas em determinado período”, afirmou Rogério Diógenes, um dos sócios da Hexa.
O projeto partiu das pesquisas coordenadas pelo professor André Araújo, da qual Rogério já foi bolsista, a partir de uma demanda das Centrais Elétricas do Pará (Celpa) que aportou em torno de R$ 2 milhões na ideia, em dois anos e meio. De lá para cá, o equipamento ganhou corpo e novos parceiros, como a Coelce, com testes em algumas residências. A expectativa é de que o produto chegue ao mercado em meados deste ano.

Aproveitamento das cinzas
No laboratório de mecânica dos pavimentos da Universidade Federal do Ceará (UFC), os pesquisadores, sob o comando do professor Jorge Soares, estão investigando os potenciais das cinzas do carvão para reaproveitamento em diferentes áreas, como aterros estruturais, rodovias, blocos de cinza e cal, cerâmicas, materiais para remediação de solos, ou insumo para a construção.

A pesquisa está sendo financiada pela Energia Pecém e tem como objetivo dar um destino mais inteligente para o resíduo da queima do carvão mineral nas termelétricas. Para se ter uma ideia, só as termelétricas Pecém I e II e a de Itaqui, no Maranhão, produzem mais de mil toneladas de cinza por dia. Hoje, os depósitos têm mais de 300 mil toneladas de resíduos armazenados. “Este é um resíduo que fica parado e poderia ter uma utilização. Nosso desafio é encontrar a qualidade mais eficiente para reaproveitamento em grande escala”.


O trabalho foi iniciado em setembro, com os primeiros resultados esperados para março, principalmente em relação às características particulares dos materiais que compõem as cinzas, que não é homogênea.

Saiba mais


Principais pontos da nova lei


Os pesquisadores de instituições públicas contratados sob regime de dedicação exclusiva poderão exercer até 416 horas de atividades remuneradas em pesquisas cooperadas com empresas;


Desburocratização das compras e a facilitação do trabalho conjunto entre instituições públicas e privadas de pesquisa;


Melhora a inserção de empresas e instituições privadas de pesquisa nas iniciativas públicas, simplifica compras, importações e contratações feitas dentro de projetos de pesquisa;


A legislação também permite a participação da União e dos estados e municípios no capital social de empresas para criação de produtos e processos inovadores e que estejam de acordo com as políticas de desenvolvimento científico.

 Fonte: O Povo Online










               

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