“Os pais precisam criar um diálogo entre os filhos", disse a delegada titular da especializada
A Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) adverte para algumas orientações importantes relacionadas aos riscos do jogo “Baleia Azul”, jogo de origem russa que faz alusão ao animal marinho, que de acordo com algumas crenças errôneas, tem o hábito suicida de ir até a costa marítima no intuito de encalhar.
“Os pais precisam criar um diálogo entre os filhos e estarem atentos sobre o que eles acessam na internet. Além disso, é importante destacar a necessidade de uma atenção voltada para possíveis mudanças de comportamentos apresentadas pelas crianças e adolescentes”, recomenda a delegada Ivana Timbó.
Na última semana, a especializada recebeu um caso do município de Santa Quitéria, a 222 quilômetros de Fortaleza. Na ocasião, uma adolescente de 15 anos, foi desafiada a colocar veneno em bombons e distribuir para três crianças em três escolas.
“Um dos pontos que observamos é que a garota tinha baixa autoestima e em seu corpo haviam várias cicatrizes provenientes de mutilações, uma vez que a adolescente era induzida a fazer as marcas em razão das regras do jogo. Quando ela não conseguia cumprir uma determinação do ’Baleia Azul’, ela era obrigada a se flagelar”, disse a titular da especializada.
O caso foi denunciado pela tia da vítima, que procurou a Polícia e informou o fato. O procedimento foi encaminhado para a Polícia Federal, que está à frente das investigações sobre o jogo virtual em todo o país.
O que diz a Lei
Induzir o suicídio é crime, previsto no artigo 122 do Código Penal Brasileiro. A pena consiste em reclusão de dois a seis anos, se o ato se consumar; ou reclusão, de um a três anos, se a tentativa de suicídio resultar em lesão corporal de natureza grave.
Fonte: CNEWS
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