Nova estratégia pretende afastar publicadores que ganham dinheiro roubando conteúdo de outras fontes ou com vídeos ofensivos.
O YouTube, plataforma de vídeos do Google, anunciou nesta quinta-feira (6) que colocará anúncios só em canais que tiverem 10 mil visualizações, enquanto tenta eliminar publicadores que ganham dinheiro no site roubando conteúdo de outras fontes ou com vídeos ofensivos.
Quando um canal de vídeo atingir esse patamar, o serviço de streaming de vídeo vai analisar se o conteúdo se qualifica para receber anúncios.
"Ao manter o limite de 10 mil visualizações, nós também garantimos que haverá um impacto mínimo sobre os nossos aspirantes a criadores", disse Ariel Bardin, vice-presidente de gerenciamento de produtos do YouTube, em uma postagem.
O YouTube está sob intenso escrutínio por causa de anúncios posicionados ao lado de vídeos com mensagens homofóbicas ou antissemitas, o que levou empresas a suspenderem suas publicidades digitais na plataforma.
A empresa prometeu rever suas práticas no mês passado, dizendo que iniciou uma ampla revisão de suas políticas de publicidade.
Embora as marcas tenham exigido maior controle sobre os vídeos onde seus anúncios aparecem, o passo dado pelo YouTube provavelmente será pequeno demais para dissipar as preocupações, disse o analista Jan Dawson, da Jackdaw Research.
"A maioria desses vídeos [extremistas] vai conseguir mais espectadores do que isso de qualquer maneira", disse Dawson sobre o limite de 10 mil visualizações definido pelo YouTube.
O YouTube também informou na quinta-feira que, em algumas semanas, vai acrescentar um processo de revisão para os novos criadores que se candidatam ao programa de parceiros do YouTube, que permite a criadores monetizem conteúdo no YouTube de várias maneiras, incluindo anúncios, assinaturas pagas e merchandise.
Qualquer receita obtida em canais com menos de 10 mil visualizações até quinta-feira não será afetada, disse o YouTube.
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