Imagine um futuro em que os humanos podem produzir uma grande variedade de alimentos com todos os tipos de textura e formato, tudo ao alcance de um botão. É só jogar uma mistura de ingredientes em sua impressora 3D e, pronto, glóbulos pegajosos de gorgonzola! Cubos de doce crocantes! Incrível!
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Esse futuro não está tããão próximo assim. Mas pode estar próximo.
Cientistas da University College, em Cork, na Irlanda, imaginaram como o processo de impressão 3D pode mudar as propriedades de um clássico, o queijo processado. O produto final ficou substancialmente diferente do queijo que eles colocaram na impressora, mas essa foi provavelmente a primeira vez que alguém tentou algo assim.
“Pelo conhecimento dos autores, nenhum estudo focou anteriormente no impacto de metodologias de fabricação aditivas nas propriedades estruturais de lacticínios”, escreveram os autores no estudo publicado no mês passado, no Journal of Food Engineering.
Há várias maneiras como as impressoras 3D imprimem coisas, incluindo misturar um pouco de pó fino e um agente ligante ou esguichando um produto cru derretido, como um Easy Cheese, de um bocal, para construir a estrutura. Você pode imaginar qual método eles utilizaram para o queijo processado.
Os pesquisadores começaram com uma impressora RepRap Pro Ormerod 1, adaptando-a com uma seringa customizada para lidar com queijo em vez de plástico. Primeiro, analisaram queijos processados derretidos e não derretidos, para comparar seus produtos finais impressos 3D. Então, colocaram queijo no bocal personalizado e o aqueceram a 75º C por 12 minutos. Após modelar o produto final em um software de design e esboço, imprimiram o queijo em velocidades lenta (quatro milímetros por minuto) e rápida (12 milímetros por minuto).
Eles tentaram imprimir o queijo em cilindros, o que acabou parecendo mais uma bagunça circular desleixada. Se bem que o urso de queijo mascarpone ficou bonito.
Imagem: Alan Kelly et al
A textural analysis showed the final 3D printed products ended up gooier and less thick than what they started with, no matter how fast they printed the cheese. 3D printed cheeses were also darker in color.
Uma análise de texturas mostrou que os produtos finais impressos em 3D ficaram mais pegajosos e menos espessos do que em seus aspectos inciais, independentemente de quão rapidamente eles imprimiram o quiejo. Os queijos processados 3D também eram mais escuros.
Essas mudanças de textura provavelmente vieram de mudanças na estrutura molecular do queijo durante a impressão, algo sobre o qual teremos que pensar mais se esperarmos imprimir mais alimentos em 3D no futuro. O queijo processado vem de uma mistura de quejos com manteiga ou soro de leite, óleo vegetal, proteínas, sais e água, explicam os autores do estudo. Seu produto original começou com uma rede de proteínas que mantinha tudo sólido, com pontos esféricos de gordura na ordem de dez micrômetros intercalados. Embora derreter queijo crie glóbulos de gordura esféricos maiores após o processo de aquecimento, o processo de impressão mudou a estrutura molecular do queijo fundamentalmente. Queijos impressos 3D tiveram quebras em suas redes de proteínas e bolas de gordura não-esféricas e disformes. Essas diferenças na estrutura poderiam ter levado às texturas mais suaves dos queijos.
Então, não, você provavelmente não verá queijo feito em impressora 3D no seu prato tão em breve, já que os cientistas começaram a descobrir só agora como a impressão pode alterar as propriedades estruturais e funcionais da sua comida. Mas, ei, se você tem uma impressora 3D, um pouco de queijo e um bocal customizado, adoraríamos ver as criações desleixadas que você consegue bolar.
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